segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Dia internacional da luta contra AIDS(01-12)


Este ano, o tema escolhido para as atividades durante o Dia Mundial de Luta contra a Aids, comemorado sempre no 1º de dezembro é “Viver com Aids é possível. Com o preconceito não”.
Na Bahia, a Secretaria da Saúde do Estado, através do Programa Estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)/Aids, terá uma programação especial para a data, a partir das 9h, no Dique do Tororó.
Uma tenda será instalada no local e técnicos da Sesab estarão disponíveis para dar orientações e prestar esclarecimentos à população. Haverá também distribuição de material educativo e preservativos.
Na Bahia, desde 1984, quando foi notificado o primeiro caso de Aids, até o ano passado, os dados da Sesab mostram o registro de 10.234 casos da infecção, sendo 9.891 na população adulta.

Nos últimos oito anos, o número de infecções pelo vírus HIV em todo o mundo teve queda de 17%, segundo o Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids). As estimativas indicam que 33,4 milhões de pessoas vivem com o HIV. Desse total, 2,7 milhões foram infectados em 2008.
Do total de infectados, 31,1 milhões são adultos, sendo que as mulheres representam mais da metade (15,7 milhões) dos soropositivos. No ano passado, 2 milhões de pessoas morreram em consequência da Aids.


Crianças e adolescentes com menos de 15 anos somam 2,1 milhões de infectados. Em 2008, 430 mil pessoas nessa faixa etária foram contaminadas e o número de mortes de crianças e adolescentes em consequência da doença chegou a 280 mil.
O tratamento antirretroviral de mulheres soropositivas repercutiu de maneira importante na prevenção de novas contaminações de mãe para filho. Desde 2001, foram evitadas cerca de 200 mil infecções entre crianças.
Segundo o Unaids, o pico da aids foi registrado em 1996, quando 3,5 milhões de pessoas foram infectadas em todo o mundo. Em um comparativo com os dados de 2008, a queda chega a 30%.

A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou nesta segunda-feira (16), no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro, a campanha “Igual a Você”, para combater o preconceito.
O objetivo é conscientizar a sociedade sobre a discriminação contra estudantes, gays, lésbicas, portadores do vírus HIV, negros, prostitutas, refugiados, transexuais, travestis e usuários de drogas.

De acordo com Pedro Chequer, coordenador da UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids), o pano de fundo de toda a campanha é a defesa dos direitos humanos, porém o foco é falar sobre a Aids no Brasil.
Dez filmes de 30 segundos serão veiculados em emissoras de todo o país. Os personagens serão as próprias vítimas de preconceito.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Dia da Elevação de sines


O concelho de Sines foi constituído, até 1485, pelas freguesias de Sines, Colos e a área hoje correspondente à freguesia de Vila Nova do Milfontes. Em 1485 D. João II, com o objectivo de povoar essa área do litoral alentejano, criou o concelho de Vila Nova de Milfontes, em que se inseria o Cercal. Em 1499 Colos tornou-se também concelho. O concelho de Sines adquire então a área e a configuração que mantém até hoje.

O CONCELHO de Sines é velho de séculos. No dia 24 de Novembro comemora-se justamente a
elevação de Sines a vila e a delimitação do seu concelho, embora tenham ocorrido em
momentos diferentes e o concelho actual tenha uma configuração muito diferente daquela
que lhe foi dada em 1364.
Em 1361 o lugar de Sines ainda pertencia ao termo de Santiago do Cacém. Pela sua
localização, o porto de Sines tornou-se, após a Reconquista Cristã, um dos pontos de
escoamento dos produtos do Baixo Alentejo, como os cereais, a cortiça, o peixe ou o carvão,
uma tendência visível a partir da segunda metade do século XIII. É neste contexto de
valorização do litoral português, perceptível pela criação de várias vilas e concelhos pelo país,
que se insere a elevação de Sines a vila e a sede de concelho.
Em 24 de Novembro de 1362, o rei D. Pedro I outorga uma carta de elevação de Sines a vila.
Não se tratava já de foral, nem ainda a delimitação física do concelho. O documento que
concede a autonomia administrativa a Sines não recebe o nome de foral, mas reconhece de
direito a importância da vila do ponto de vista económico, demográfico e fiscal, tal como
sucedeu com a vila de Cascais, em 1364 (1) ou Mira (2), em 1448, ao permitir-lhe eleger os
seus oficiais e juízes.
O tempo dos forais, a época da Reconquista e da consolidação do território e das estruturas
políticas e administrativas portuguesas, já passara. De facto, os forais foram, durante esse
período, cartas de instituição ou de reconhecimento dos concelhos, e determinavam o direito
público e a justiça locais e as prestações fiscais, registavam as disposições sobre os direitos e
garantias dos munícipes. Foram importantes instrumentos de povoamento ou de
reconhecimento da autoridade real.
A carta de elevação de Sines a vila é bastante mais simples. Não se nomeia magistrados ou
órgãos, sendo antes um documento que concede a um lugar autonomia administrativa e
judicial a um lugar, procurando equilibrar o poder do concelho com o da Ordem de Santiago.
Tendo como título, no exemplar conservado na Chancelaria Régia de D. Pedro I, Sines fecto
villa e fora da sugeisom de Santiago de Cacem, limita-se a definir a jurisdição do concelho, a
eleição de magistrados próprios e a obrigatoriedade de respeitar o senhorio, a Ordem de
Santiago de Espada. Este documento encontra-se na Torre do Tombo, e foi publicado pela
primeira vez em 1973, pelo Dr. Arnaldo Soledade (3).
A Ordem confirmava os oficiais eleitos (juízes e vereadores), era responsável pela justiça em
segunda instância, nomeava vários magistrados e oficiais, como os juízes dos órfãos e os
alcaides.
A necessidade de defesa da costa está bem presente na carta. Os moradores tinham
começado a levantar um “muro” para defender a vila, e deviam continuar com a empresa.
Neste “muro” poderá estar a origem do castelo de Sines.
Tal como sucederá com a vila de Cascais, também a delimitação do “termo” ou concelho de
Sines será mais tardia. O documento, intitulado Da jurdiçon e termo de Sines, et coetera, foi
outorgado em 30 de Setembro de 1364 (4). O concelho de Sines, mais extenso do que
actualmente, era delimitado, a norte, por Santiago do Cacém, a este com Garvão, Odemira e
Panóias, e a sul com o rio Mira. Até finais do século XV o concelho de Sines incluía a foz do
Mira, o Cercal e Colos. Em 1486 D. João II funda Vila Nova de Milfontes, sendo que o Cercal
fazia parte do seu termo; em 1499 Colos torna-se concelho. As justificações são, no primeiro
caso, a necessidade de povoamento daquela área do litoral; no caso de Colos, um forte
crescimento demográfico.

domingo, 22 de novembro de 2009

Villa-Lobos

Partituras encontradas no Rio de JaneiroHeitor Villa-Lobos (Rio de Janeiro, 5 de marçode 1887 – Rio de Janeiro, 17 de novembro de 1959) foi um maestro e compositor brasileiro.
Destaca-se por ter sido o principal responsável pela descoberta de uma linguagem peculiarmente brasileira em música, sendo considerado o maior expoente da música do Modernismo no Brasil, compondo obras que enaltecem o espírito nacionalista onde incorpora elementos das canções folclóricas, populares e indígenas.


v i l l a - l o b o s (1887-1959)
Heitor Villa-Lobos nasceu no Rio de Janeiro a 5 de março de 1887. O sobrenome parece certo, é do espanhol Villalobos; a forma com hífen revela um esforço de aportuguesamento, razão que justifica também a grafia Vila-Lobos. Muito cedo o próprio pai iniciou-o nos estudos de solfejo e teoria musical bem como na prática de clarineta e do violoncelo.
Aos 13 anos de idade já se tornara assíduo freqüentador de serenatas, integrando os mais famosos conjuntos seresteiros da época. Nessa precoce experiência boêmia, adquiriu conhecimento do violão, que chegou a tocar como virtuose. Para esse instrumento, escreveu mais tarde vários estudos, perlúdios e um concerto, dedicados a Segovia.
Além das serestas e dos 'choros', Villa-Lobos ampliou o seu contato com a música popular ao conhecer Ernesto Nazareth, de cujas obras foi o primeiro a vislumbrar a importância.
Em 1905, com o dinheiro que lhe rendeu a venda de livros raros, herdados do pai, Villa-Lobos percorreu vários Estados do Norte, até Pernambuco, em íntima convivência com a música do povo. De volta ao Rio de Janeiro, pensou em sistematizar sua formação musical. Mas logo se indispôs com a rotina acadêmica do Instituto Nacional de Música e, de novo, parte em peregrinação pelo interior brasileiro. Sempre com a finalidade de assimilar as manifestações do folclore musical, percorre as regiões Sul e Centro-Oeste, fechando a rota com uma permanência na Amazônia.
Fixando em sua cidade natal, por volta de 1913, Villa-Lobos encontra-se em intensa atividade criadora, abordando os mais diversos gêneros. Já iniciara a atividade espantosa, que elevaria para cerca de mil o número de suas composições. Em várias obras desse período é marcante a influência de Debussy.
Enquanto a Suíte floral (1914) para piano e o Canto do cisne negro (1917) para piano e violoncelo aparecem numa atmosfera nitidamente impressionista, as Danças africanas (1914) trazem um cunho vivo de originalidade, trabalhadas sobre autêntico material afro-brasileiro e ameríndio.
Ainda transparecendo influência estrangeira e, ao mesmo tempo, já se expressando numa linguagem própria, Villa-Lobos começa a se impor no cenário cultural do Brasil. Em 1922 toma parte destacada na Semana de Arte Moderna em São Paulo. O reconhecimento oficial também se manifestou, através da encomenda de trabalhos sinfônicos.
No ano seguinte o mecenato de alguns amigos o leva até Paris, onde promove uma primeira apresentação de suas obras, sob vaia impenitente do começo ao fim. Finalmente, em 24 de outubro e 5 de dezembro de 1927, na sala Gaveau, obtém o sucesso desejado. Dos programas constaram os Choros n.ºs 2, 3, 4, 8, 10, o Rudepoema e a suíte Prole do bebê (piano), as Serestas e os Poemas indígenas (3) para canto e orquestra, além de Na Bahia tem (coro à capela), Cantiga de roda (coro e orquestra) e o Noneto.
No momento em que surge ante a cultura do Velho Mundo, Villa-Lobos tem definidos os elementos básicos de sua arte. Primeiramente o folclore; mas essa substância primitiva, de que se impregnara desde cedo, não a utiliza de maneira direta. Filtra esse material, torna-o depurado pela ação vigorosa de sua personalidade. Depois, a sensibilidade aos idiomas musicais estrangeiros, que é notada não somente em relação ao de Debussy.
Nesse primeiro triunfo parisiense deixou bem à mostra o conhecimento da linguagem stravinskyana. O resultado é um vasto painel rapsódico, onde as desigualdades, inevitáveis por força da produção imensa, são compensadas pela predominância de obras de alto valor. Entre estas, várias possuem significação universal. E em todas, como constante inarredável, uma marca viva e forte de legítima brasilidade.
Essa marca de autêntico nacionalismo, colocada de maneira a atingir uma grandeza universal, Villa-Lobos apresenta em seu primeiro triunfo em Paris. Sobretudo através do Noneto (1923), para instrumento e coro, intitulado Impressões rápidas de todo o Brasil, e que é como o próprio programa folclorista do mestre. É o programa cujo ponto máximo são os Choros. E aos cinco que apresentou na sala Gaveau, mais tarde vão-se juntar outros num total de 14 (completando com uma Introdução para orquestra e com o Choros-Bis, para violino e violoncelo - respectivamente escritos em 1929 e 1928). Todo o processo criador de Villa-Lobos se sintetiza nesses Choros. Os mais famosos são o n.º 5, para piano solo, e o n.º 10, para orquestra e coro, que inclui o Rasga coração, tema popular.
A suíte Prole do bebê, para piano (1918-1926) logo levou o nome de Villa-Lobos a figurar nos programas dos grandes pianistas, entre eles Arthur Rubinstein, que, aliás, tomou parte naqueles concertos na sala Gaveau. Ao célebre virtuose está dedicado o Rudepoema (1926), obra-prima, mais tarde orquestrada pelo autor.
Também são obras-primas as Cirandas (1926), e os números do Ciclo brasileiro (1935), reveladores de uma escritura pianística poderosamente original. O mesmo ocorre nas obras com orquestra, inclusive os concertos, dentre os quais o n.º 5 é o mais executado. As mais importantes realizações pianísticas de Villa-Lobos são datadas de sua primeira fase - lembrando, de algum modo, o caso de Schumann. A própria suíte Prole do bebê já foi elogiosamente comparada com às Cenas da infância, do mestre alemão.
Em 1930, apesar de já famoso em toda a Europa, com obras apresentadas por grandes regentes, Villa-Lobos decidiu voltar para o Brasil. Começou então a fase de viva preocupação com o desenvolvimento artístico do país. Em São Paulo, obtém apoio governamental para a realização de caravanas musicais pelo interior do Estado. Depois, no Rio de Janeiro, promove gigantescas concentrações orfeônicas em estádio esportivo.
No seu afã pedagógico, o mestre tinha escolhido o canto oral como meio de formar musicalmente a mocidade. Para essa finalidade compõe o Guia prático (1932), 'monumental antologia folclórica', que também publica em versão para piano. O esforço educacional de Villa-Lobos vai culminar quando consegue a oficialização do ensino da música nas escolas.
Ao mesmo tempo que 'ensinava o Brasil a cantar', Villa-Lobos prosseguia a sua atividade como compositor. Agora dá inicio ao corpus das Bachianas brasileiras (9), cuja origem remonta àquelas peregrinações pelo interior do país, quando constatou a semelhança de modulações e contracantos do nosso folclore musical com a música de J.S.Bach. Misturando esse material primitivo com formas pré-clássicas, o resultado é uma síntese absolutamente original, onde a técnica e o espírito do 'Kantor de Leipzig' aparecem envolvidos em cadências brasileiríssimas.
Ao vincular o Brasil a J.S.Bach, Villa-Lobos caracterizou-se como um dos maiores músicos do nosso tempo. No mundo inteiro as Bachianas são as mais conhecidas de suas obras. Principalmente tornou-se popular a n.º 5 para voz de soprano e conjunto de violoncelos (1938), mas também são de alta categoria as n.ºs 1, 2 e 4 e outras Bachianas.
Bachianas e Choros são obras sui generis, sem qualquer esquema formal; mas constituem a espinha dorsal da produção de Villa-Lobos. Nem por isso, as que se podem enquadrar no âmbito da 'forma' são menos importantes. Assim as 12 sinfonias, destacando-se a n.º 6, escrita sob a linha cartográfica das montanhas do Brasil (1944), e a n.º 10, com coro, denominada Sumé, pai dos pais (1952). Assim também os 17 quartetos para cordas, os concertos para piano, os concertos para violoncelo, o Concerto para violão (que Villa-Lobos manejou virtuosisticamente o violoncelo), os trios, os quintetos.
E ainda óperas - como Malazarte (1921); bailados - como Uirapuru (1917); suítes - como o impressionante Descobrimento do Brasil, composta para acompanhar um filme. Enfim, uma 'floresta tropical de obras', onde o emaranhado da construção impede não impede a visão do gênio.
Desde o retorno da Europa, a genialidade de Villa-Lobos foi-se incorporando ao patrimônio artístico-cultural do Brasil. As resistências contra sua obra terminaram afogadas na onda de louvores e honrarias. Suas obras passaram a ter lugar nos catálogos internacionais de discos, com destaque especial para as Serestas: datadas de 1925, essas peças vocais têm como textos versos de poetas brasileiros como Manuel Bandeira.
Apesar da linha melódica guardar reminiscências da ópera italiana, os lieder de Villa-Lobos possuem estrutura tipicamente folclórica. A produção de Villa-Lobos continuou fluindo dessa dupla vertente: influência estrangeira e folclore nacional. Villa-Lobos morreu no Rio de Janeiro a 17 de novembro de 1959.
Louvável tem sido o esforço do Museu Villa-Lobos em manter acesa a memória do mestre. Mas permanece a discrepância entre a medida de uma genialidade mundialmente celebrada e o número restrito das execuções das obras no país.




Dia do Músico(22-11)



Músico é aquele que pratica a arte da música, compondo obras musicais, cantando ou tocando algum instrumento. Música, por sua vez, é a arte de combinar sons de maneira agradável ao ouvido, ou o modo de executar uma peça musical por meio de instrumento ou da voz. A palavra é de origem grega e significa “as forças das musas”, ninfas que ensinavam às pessoas as verdades dos deuses, semideuses e heróis, u-sando a poesia, a dança, o canto lírico, o canto coral e outras manifestações artísticas, sempre acompanhadas por sons.

Segundo a mitologia grega, os Titãs, que em literatura simbolizam a audácia orgulhosa e brutal, mas punida pela queda repentina, eram divindades primitivas que se empenharam em luta contra Zeus buscando a soberania do mundo, mas foram fulminados por ele e precipitados no Tártaro. Satisfeitos, os outros deuses pediram ao deus maior que criasse quem fosse capaz de cantar as suas vitórias, e este então se deitou durante nove noites consecutivas com Mnemosina, a deusa da memória, nascendo daí as nove Musas. Delas, a da música era Euterpe, que fazia parte do cortejo de Apolo, o deus da música.

No princípio, a música foi apenas ritmo marcado por primitivos instrumentos de percussão, pois como os povos da antiguidade ignoravam os princípios da harmonia, só aos poucos foram acrescentando a ela fragmentos melódicos. Na pré-história o homem descobriu os sons do ambiente que o cercava e aprendeu suas diferentes sonoridades: o rumor das ondas quebrando na praia, o ruído da tempestade se aproximando, a melodia do canto animais, e também se encantou com o seu próprio canto, percebendo assim o instrumento musical que é a voz. Mas a música pré-histórica não é considerada como arte, e sim uma expansão impulsiva e instintiva do movimento sonoro, apenas um veículo expressivo de comunicação, sempre ligada às palavras, aos ritos e à dança. Os primeiros dados documentados sobre composições musicais referem-se a dois hinos gregos dedicados ao deus Apolo, gravados trezentos anos antes de Cristo nas paredes da Casa do Tesouro de Delfos, além de alguns trechos musicais também gregos, gravados em mármore, e mais outros tantos egípcios, anotados em papiros. Nessa época, a música dos gregos baseava-se em leis da acústica e já possuía um sistema de notações e regras de estética.

Por outro lado, a história de Santa Cecília, narrada no Breviarium Romanum, a apresenta como uma jovem de família nobre que viveu em Roma no século III, nos princípios do cristianismo, decidida a viver como monja desde a infância. Mas apesar dos pais a terem dado em casamento a um homem chamado Valeriano, a jovem convenceu o noivo a respeitar-lhe os votos e acabou convertendo-o à sua fé, passando os dois a participar diariamente da missa celebrada nas catacumbas da via Ápia. Em seguida, Valeriano fez o mesmo com o irmão Tibúrcio, e com Máximo, seu amigo íntimo, e por isso os três foram martirizados pouco tempo depois, enquanto Cecília, prevendo o que lhe aconteceria, distribuiu aos pobres tudo o que possuía. Presa e condenada a morrer queimada, ela foi exposta às chamas durante um dia e uma noite, mas como depois disso ainda se encontrava sem ferimentos, um carrasco recebeu ordem para decapitá-la. Porém, seu primeiro golpe também falhou. Isso aconteceu durante o ano 230, no reinado de Alexandre Severo, época em que Urbano I ocupava o papado. Anos depois uma igreja foi erigida pelo papa no local em que a jovem mártir residira, tornando-se a Igreja de Santa Cecília uma das mais notáveis de Roma.

Muito embora o Breviarium Romanum não faça menção alguma às prendas musicais de Cecília, ela se tornou, por tradição, a padroeira dos músicos, da música e do canto, cuja data de comemoração é 22 de novembro, o mesmo dia dedicado à santa. A tradição conta que Santa Cecília cantava com tal doçura, que um anjo desceu do céu para ouvi-la.

FERNANDO KITZINGER DANNEMANN
Publicado no Recanto das Letras em 24/10/2006



quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Dia da bandeira(19-11)


Bandeira do Brasil
Após a Proclamação da República em 1889, surgiu a necessidade de criação de uma nova bandeira. Criada pelo advogado Ruy Barbosa, a bandeira provisória era bastante semelhante à bandeira estadunidense, fato que fez com que o marechal Deodoro da Fonseca vetasse o desenho. Adotada pelo decreto de lei nº 4 de 19 de Novembro de 1889, a bandeira atual consiste em uma adaptação da antiga bandeira do império idealizada em 1820 por Jean-Baptiste Debret. O disco azul central foi idealizado pelo pintor Décio Vilares, já as estrelas, por Benjamin Constant. A inscrição “Ordem e Progresso” é fruto da influência do positivismo de Augusto Comte. Até hoje, a bandeira brasileira permanece inalterada, com exceção das estrelas, que segundo a Lei nº 8.421, de 11 de maio de 1992, devem ser atualizadas no caso de criação ou extinção de algum Estado. Em seu sentido original, as cores verde e amarela simbolizavam respectivamente, as oliveiras em torno da casa real de Bragança e a casa imperial dos Habsburgos. Posteriormente, esses significados foram adaptados: a cor verde passou a simbolizar as nossas matas e florestas; o amarelo, o ouro e as riquezas minerais; a azul, o céu; a branca, a paz. Cada estrela disposta na bandeira corresponde a um Estado brasileiro; a única estrela que é situada acima na inscrição “Ordem e Progresso” é Spica, representante do Estado do Pará.

domingo, 15 de novembro de 2009




Proclamação da república(15-11)

A Proclamação da República Brasileira foi um episódio, na História do Brasil, que instaurou o regime republicano no país, derrubando a Monarquia do Brasil e o Imperador D. Pedro II do Brasil. Ocorreu dia 15 de novembro de 1889 no Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, na Praça da Aclamação, hoje Praça da República, quando um grupo de militares do Exército brasileiro, liderados pelo marechal Deodoro da Fonseca, deu um golpe de estado sem o uso de violência, depondo o Imperador D. Pedro II.
Foi instituído, naquele mesmo dia 15, um "Governo Provisório" republicano. Faziam parte deste "Governo Provisório", organizado na noite de 15 de novembro, o Marechal Deodoro da Fonseca como presidente, Floriano Peixoto como vice presidente, e, como ministros, Benjamin Constant, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk, todos membros regulares da maçonaria brasileira.

Origem e Formação de:Manuel Deodoro da Fonseca,primeiro presidente do Brasil.
Filho de Manuel Mendes da Fonseca (1785 - 1859) e Rosa Maria Paulina da Fonseca (1802 - 1873). Seu pai também foi militar, chegando à patente de tenente-coronel, e pertencia ao Partido Conservador. Deodoro tinha duas irmãs e sete irmãos, três dos quais morreram na Guerra do Paraguai: Afonso Aurélio da Fonseca (o mais jovem), alferes do 34º batalhão dos Voluntários da Pátria, o capitão Hipólito Mendes da Fonseca, morto na batalha de Curupaiti, e o major Eduardo Emiliano da Fonseca, morto no combate da ponte de Itororó.
Seu irmão mais velho, Hermes Ernesto da Fonseca, pai de Hermes da Fonseca, chegou ao posto de marechal-de-exército. Foi também presidente da província de Mato Grosso, governador da Bahia e comandante-de-armas nas províncias da Bahia e do Pará.
Dois outros de seus irmãos se destacaram na carreira militar e política: Severiano Martins da Fonseca, que chegou ao posto de marechal-de-campo, recebeu o título nobiliárquico de barão de Alagoas e foi diretor da Escola Militar de Porto Alegre; e Pedro Paulino da Fonseca, que foi coronel honorário do Exército brasileiro, chefe do governo das Alagoas e Senador da República pelo mesmo Estado.

Juventude
Em 1843, aos dezesseis anos, Deodoro matriculou-se na Escola Militar do Rio de Janeiro, terminando em 1847 o curso de Artilharia. Em 1845, já era cadete de primeira classe. Em 1848, participou de sua primeira ação militar, ajudando na repressão da Revolta Praieira, insurreição promovida pelos liberais de Pernambuco.
Casou-se aos 33 anos, no dia 16 de abril de 1860, com Mariana Cecília de Sousa Meireles, considerada pelos biógrafos mulher educada, religiosa, modesta e prendada. O casal não teve filhos. Há quem afirme que Deodoro fosse estéril. Seu sobrinho, Hermes da Fonseca, que também chegou à Presidência, era tratado por Deodoro como um filho.

Carreira militar

Marechal Deodoro da Fonseca (1822-1861).
Em 1822, foi promovido a primeiro-tenente. Em 24 de dezembro de 1856, recebeu a patente de Capitão. Em dezembro de 1864, participou do cerco à Montevidéu, durante a intervenção militar brasileira contra o governo de Atanasio Aguirre no Uruguai. Pouco depois, o Uruguai, sob novo governo, mais o Brasil e a Argentina formariam a Tríplice Aliança, contra a ofensiva do ditador paraguaio Francisco Solano López.
Em março de 1865, rumou com o Exército brasileiro para o Paraguai, que havia invadido a província de Mato Grosso. Deodoro comandava o segundo Batalhão de Voluntários da Pátria. Seu desempenho no combate lhe garantiu menção especial na ordem do dia 25 de agosto de 1865. No ano seguinte, recebeu comenda no grau de Cavaleiro da Ordem do Cruzeiro e, em 22 de agosto, a patente de Major.
Em 18 de janeiro de 1868 foi promovido a tenente-coronel, por atos de bravura. Também por atos de bravura, recebeu a patente de Coronel, em 11 de dezembro do mesmo ano. Pelo decreto de 14 de outubro de 1874, Deodoro foi promovido a brigadeiro, patente equivalente ao atual general-de-brigada. Em 1885, tornou-se pela segunda vez comandante d'armas da Província do Rio Grande do Sul, cargo exercido juntamente com o de vice-presidente da província. Tornar-se-ia, depois, presidente interino dessa mesma província. Em 30 de agosto de 1887, recebia a patente de marechal-de-campo.
Pelo seu envolvimento na "Questão Militar" – confronto das classes armadas com o governo civil do Império – Deodoro foi chamado de volta ao Rio de Janeiro. Na verdade, o Marechal Deodoro havia permitido que a oficialidade da guarnição de Porto Alegre se manifestasse politicamente, o que era proibido pelo governo imperial. Chegando ao Rio, Deodoro foi festivamente recebido por seus colegas e pelos alunos da Escola Militar. Foi, então, eleito primeiro presidente do Clube Militar, entidade que ajudara a constituir.
Em 1858 Deodoro foi nomeado para o comando militar do Mato Grosso. Permaneceu no posto somente até meados de 1889, quando voltou para o Rio de Janeiro. Muitos de seus amigos o chamavam de idota pois escolheu ser presidente da republica ao invés de curtir sua vida.

Eleição de Deodoro e demissão de seu ministério
Em 25 de Fevereiro de 1891, Deodoro é eleito presidente do Brasil pelo colégio eleitoral, formado por senadores e deputados federais.
No mesmo dia o Marechal Floriano Peixoto foi eleito, também pelo Colégio eleitoral, vice-presidente da república, terminando assim o Governo Provisório. Um pouco antes, em janeiro do mesmo ano, todo o seu ministério havia-se demitido, permitindo a Deodoro formar um novo ministério.
Em 1890, Floriano Peixoto era ministro da Guerra de Deodoro da Fonseca, no lugar de Benjamin Constant. No dia 20 de Janeiro de 1891, demitiu-se, juntamente a todo o ministério do Presidente.

O governo constituicional de Deodoro
A fase constitucional do governo de Deodoro da Fonseca foi de fevereiro a 03 novembro de 1891, quando Deodoro deu um golpe de estado.
Havia, naquele momento histórico, um conflito entre os militares e os políticos civis. Os militares queriam se manter na política e eram favoráveis a uma centralização absoluta e a concentração do poder político, enquanto os civis desejavam a volta dos militares aos quartéis e lutavam por um governo descentralizado e federalista.
Durante sua estadia na presidência, Deodoro foi nomeado Grão-Mestre do Grande Oriente da maçonaria do Brasil.
Os republicanos de São Paulo apoiavam Floriano Peixoto, apesar das tendências centralizadoras deste. Devido ao apoio de São Paulo, os militares ficaram divididos, e isso veio mais tarde a provocar a queda de Deodoro.

Depois da presidência

Marechal Deodoro da Fonseca morre no Rio de Janeiro, em agosto de 1892, pediu para ser enterrado em trajes civis, no que não foi atendido, seu enterro teve toda a pompa e honras militares. O marechal que proclamou a república no Brasil, cujo fato histórico é hoje feriado nacional, era acometido de uma forte crise de dispnéia,[1] popularmente conhecida como "dificuldade de respiração" ou "falta de ar", o que impedia o primeiro presidente do Brasil de dormir.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Deodoro_da_Fonseca


sábado, 14 de novembro de 2009

Dia nacional da alfabetização(14-11)

A alfabetização é o processo que desenvolve as habilidades de leitura e de escrita de um sujeito, tornando-o capaz de identificar e decifrar os códigos escritos.
A UNESCO se comprometeu a diminuir os índices de analfabetismo no mundo, pois nos países subdesenvolvidos cerca de 25% de adultos e crianças não sabem ler e escrever, chegando a um total de novecentos milhões de pessoas.
O índice de cidadãos alfabetizados de um país indica o nível de desenvolvimento do mesmo. Quanto mais pessoas analfabetas, menos desenvolvimento. Isso faz com que governantes procurem favorecer suas estatísticas, criando projetos que melhorem essas taxas, mas não garantem o aprendizado, como a educação por ciclos, onde os alunos não podem repetir o ano, sendo aprovados para as séries seguintes, mesmo apresentando grandes deficiências.
Os métodos mais utilizados no processo de alfabetização normalmente levam os nomes de seus precursores. Jean Piaget, Montessori, e Paulo Freire são exemplos disso.
A comemoração da data no Brasil acontece desde 1930, no dia 14 de novembro, data da fundação do Ministério da Educação e Saúde Pública. Foi uma importante conquista do governo de Getúlio Vargas, que havia acabado de tomar posse.
A criação do ministério visava promover o ensino primário e combater o analfabetismo no país.
Em 2000, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realizou o censo sobre educação, concluindo que o índice de analfabetismo no país atinge cerca de 13% da população do Brasil com mais de dez anos de idade; a população de analfabetos absolutos de nosso país ultrapassa o número de 16 milhões. Além desses índices, existem as pessoas com mais de quinze anos que não permaneceram por quatro anos nas escolas, consideradas analfabetas funcionais – leem, mas não interpretam, numa margem de trinta milhões de brasileiros.
As grandes incidências de analfabetismo em um país o deixa mais propenso a aceitar as imposições dos governantes, assim como dos meios de comunicação de massa, pois essa parte da população torna-se despreparada para compreender os problemas sociais e lutar por seus direitos enquanto cidadãos.

Dica de leitura para sua criança

Racismo no galinheiro
Essa história trabalha o racismo e a descriminação de um pintinho
que nasceu diferente de seus irmãos pois ele era pretinho,ensina
que não podemos despresar ninguém pois somos iguais aos olhos
de Deus.
Aquele galinho transformou-se em um lindo galão e sem se importar com
o despreso de todos ,mostrou que o importante é o bom coração e o amor uns
com os outros.

História de Nildo Lage
Editora:Prazer de Ler

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Dia do diretor(a) (12-11)Sabia que hoje (12 de novembro) comemoramos o Dia do Diretor de Escola? Esse profissional é o principal responsável pelo bom funcionamento, organização e administração das atividades do colégio. Os diretores costumam acordar cedo, dormir tarde e dividir-se em dez para dar conta do recado: precisam incentivar os professores, atender os pais, alunos e servidores, zelando pela qualidade do ensino e pela harmonia da comunidade escolar. Pessoal bastante especial, não é?Como a Turminha reconhece que dá um trabalhão danado cuidar de uma escola todinha, viemos homenagear essas pessoas superesforçadas, dar os parabéns e desejar-lhes todo o sucesso. Siga o nosso exemplo e dê um grande abraço no diretor da sua escola, combinado?
Parabéns a todos pelo empenho e dedicação.

domingo, 8 de novembro de 2009

Dia do hoteleiro(09-11)

O dia do Hoteleiro se comemora dia 09 de novembro. Uma justa homenagem ao proprietário de hotel, que acolhe o turista em seu estabelecimento e é responsável, em grande parte, pelo sucesso da viagem e pelo retorno desse turista em outra oportunidade. A hospitalidade envolve um conceito de bem servir aos que procuram o hotel, seja para negócios ou lazer, estabelecendo um elo entre os setores ligados ao turismo, além de gerar empregos e desenvolvimento sustentável às regiões onde se estabelece.
PARABÉNS A TODOS.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Presentinho com carinho


Agradeço a minha amigona Michelle Ramos, criadora do Zine Brasil site especializado em quadrinhos brasileiros.Um banner que veio renovar e melhorar o astral deste bllogger. Que você continue sendo esta pessoa humilde e prestativa. Um abração de sua amiga Betânia.

domingo, 1 de novembro de 2009

Incentivando a brincadeira

Nossa brinquedoteca(re geração Futuro)

No decorrer da historória da brincadeira,podemos perceber que ainda há muito o que fazer pela educação para que os professores e a escola em geral possam compreender que a brincadeira não é apenas um mecanismo incentivador da educação, mas tambem é um meio de se compreender o desenvolvimento da criança como um todo.



A criança que brinca pode adentrar o mundo do trabalho pela via da representação e da experimentação.Nas últimas décadas, a brincadeira vem sendo discutida e referendada pela perspectiva sociocultural,a qual estabelece que a brincadeira é uma forma de a criança



conhecer a realidade interagindo com o meio em que vive e que,a partir daí, pode-se


concretizar um vínculo com a educação. Essa concepção ainda amedronta parte dos educadores no Brasil, já que a formação a que eles tiveram acesso no curso de mágisterio não
os preparou para compreender a função da brincadeira para o desenvolvimento infantil.

A brincadeira é uma experiência livre para criança e deve ser vivenciada da melhor forma possível, pois é por ela e através dela que a criança desperta suas habilidades mais precisas para um bom desenvolvimento,que a conduzirá durante toda a sua vida.Todos os educadores devem conhecer a brincadeira sob uma perspectiva sociocultural,para,assim, compreender os benefícios que as contribuições possibilitam à educação.O envolvimento da criança no brincar leva a mesma descobrir a si e ao mundo pelo simples ato de brincar,pois demonstrando ação e imaginação,a criança se motiva a alcançar seus objetivos.



No entanto nosso reforço escolar entende que não podemos desistir da valorização desse recurso pedagógico e de seu uso correto por parte dos educadores na escola atual.
Betânia Lima

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